TIRADENTES/MG ...E lá fomos nós para uma corrida de aventura...X-TERRA
Então, como falei no post anterior....me atrevi a acompanhar um grupo de atletas para a X-TERRA em Tiradentes-MG, por 03 bons motivos: conhecer a cidade e sua história, desfrutar a gastronomia e, claro, vivenciar a corrida de aventura....coisa assim... bem exótica né? A história me fascina. E a história do nosso país é belíssima e cheia de peculiaridades. Minas Gerais é uma das maiores protagonistas dessa história. Tiradentes, que foi parte da rota do Ouro no Brasil colônia, tem seu nome por causa de um mito que surgiu na época dos movimentos republicanos que se multiplicavam. Foi assim que Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, tornou-se o mártir que liderou o movimento chamado de Inconfidência Mineira em confronto aos mandos e desmandos do Império. O mais peculiar é que a própria construção desse mito e mártir tem controvérsias e pontos obscuros, ainda não desmistificados na história. Também por ser uma cidade abastada em ouro, foi um dos berços do barroco brasileiro, com toda a exuberância e riquezas hoje preservadas arquitetonicamente.
Apenas para marinheiros de 1ª.
viagem..
Para os mais curiosos, acho importante
falar que o Barroco (origem na Itália entre os séculos XVI e XVIII) foi difundido fortemente pela Igreja Católica que
tinha interesses em reter os fieis, porque vivia o período da
reforma. Era através dos elementos e da suntuosidade da arte Barroca que a
Igreja impressionava as pessoas. Eu não sou “expert”, mas aprendi identificar o
Barroco quando observa-se as seguintes características : muita exuberância
porque o “excesso” atraía os fiéis, curvas, exagero das formas, relevos,
dourado, contrastes e cores e a dramaticidade. No Brasil, o Barroco veio junto com
os jesuítas e sofreu influências negras e indígenas (séculos XVIII e final do
século XIX). Nessa região de Minas, onde havia muita riqueza, era um excelente
cenário para seu desenvolvimento. Acredito que todas (ou quase todas) as
igrejas dessa região refletem a arte Barroca em função desse período
e do poder que a Igreja tinha na época da colonização. O mais conhecido
representante foi Aleijadinho uma
grande, senão a maior, referência do estilo Barroco Mineiro. Tem também o
estilo Rococó (ramificação do movimento Barroco) que observa-se nas fachadas
exageradamente ricas em adornos e ornamentações detalhadas em imagens de folhas
e flores. É isso....tem que saber um pouco de arte né?
Estrada Real
Descobri a beleza da Estrada Real
(certamente será uma viagem futura), caminho trilhado pelos
colonizadores/bandeirantes durante o ciclo do ouro em Minas Gerais, onde se
transportavam as riquezas e mercadorias até o Rio de Janeiro ou São Paulo. Hoje
a Estrada Real é um atrativo turístico (criado oficialmente em 2001), com mais
de 1.000 km que podem ser percorridos com grandes surpresas e aventuras,
passando por Minas, Rio e São Paulo. São 3 caminhos diferentes : Caminho Velho,
Caminho Novo e Rota dos Diamantes. Fazer qualquer desses caminhos é a certeza
de encontrar construções coloniais, igrejas, museus, reservas ecológicas,
ecoturismo, esportes radicais, cachoeiras, trilhas e claro, um reencontro com
nossas raízes. Então, Tiradentes é tudo isso e deve
ser visitada várias vezes. Conheci uma cidade “intimista” e “simples”, com um
tempero de Brasil Colonial. A maior parte dos monumentos está ao redor e são
fáceis de serem identificados e visitados. Isso sem falar na simpatia do povo
mineiro e na rica gastronomia. Meu roteiro foi simplificado porque o objetivo
maior era participar da X-TERRA. Inclusive, o evento combina muito com a
cidade, contrastando a rusticidade e delicadeza da cidade coma rusticidade e
beleza da natureza. Tive a oportunidade ter “pitadas” de Tiradentes e recomendo
muita calma e seleção de atividades porque não é local para se visitar
correndo. Tiradentes é como um bom vinho e uma boa companhia...vá devagar, pouco
a pouco e sem pressa, conheça, apaixone-se e se envolva .. enfim....
Conhecendo um pouco a cidade....
A pousada que fiquei Pousada Solar Imperial de
uma delicadeza no atendimento e um café da manhã.... maravilhosos. Recomendo...
além de ser muito bem localizada. A organização da Conquistare Turismo Esportivo e Lazer foi perfeita. Recomendo!
Matriz
de Santo Antônio – essa
Igreja já valeu a viagem inteira. Foi o 1º. Local que conheci. Construída em
1710, é a segunda igreja em ouro do Brasil (sendo a primeira em Salvador-BA). O
caminho para se chegar lá já vem cheio de pequenas surpresas. São casas,
antiquários, arquitetura colonial, lojas, enfim...um passeio dentro dos
costumes do século XVIII. A paisagem que a vista externa proporciona é um
presente à parte. No interior da Igreja, a sensação foi de êxtase, quando me
deparei com a exuberância da decoração. Ouro e mais ouro. E aí entendi o
propósito da Igreja em atrair fieis com a beleza e a imponência. Uma vista de
360º. e parece que uma história inteira está viva. Ainda tem um órgão datado de
1788, considerado um dos quinze mais importantes do mundo.
Caminhando pela cidade, passamos pela Ponte sobre o Ribeirão Santo Antônio que
tem as arcadas parecidas com o
estilo romano. No caminho encontramos a Igreja
Nossa Senhora das Mercês, com o estilo rococó que pertencia à irmandade dos
pretos crioulos (os pretos nascidos no Brasil).
Bem perto dali tem a Igreja Nossa
Senhora do Rosário onde São Benedito aparece com destaque (deve ser porque
é padroeiro dos pretos escravos). Todos os caminhos parecem convergir para a
Praça onde está o Monumento a
Tiradentes, construído 1892. Ao redor da praça, uma feira típica de
artesanatos, lojas e restaurantes. E tomando fôlego, siga a rodoviária e suba a
ladeira que leva ao largo São Francisco, onde está a Igreja de São Francisco de Paula e mais uma visão da paisagem
surpreendente, com a Igreja Matriz de Santo Antônio ao fundo. Instalada no alto
de uma colina, a capela acabou se transformando num mirante, onde tive a vista
do cartão postal da histórica Tiradentes.
A gastronomia é um capitulo à parte. Pelo pouco tempo que fiquei, tivemos a oportunidade de conhecer lugares bem interessantes:
Armazem dos Sabores - na fachada e entrada parece um
armazém, mas ao fundo tem um restaurante muito agradável e com uma musica
mineira ao vivo de qualidade. Para tomar um bom vinho, curtir a noite, a musica
de minas...e quem sabe...encontrar o Milton Nascimento por ali?
Spaghetti Cantina italiana - Tive a chance de conhecer esse local
porque depois da corrida todos queríamos comer PIZZA....o Luciano tinha visto o
restaurante à tarde e seguimos para lá à noite. A proposta é uma cantina
tradicional. Inclusive, não é FAST FOOD...não vá com pressa...é um local para
deleite e prazer.
Rocambole & Cia : era uma parada estratégica para os
doces com café. Também descoberto pelo Luciano. Tradicional em rocamboles dos
mais variados sabores é uma alegria para quem precisa de doces....fiquei
cliente cativa.
Vamos ao que interessa? Corrida
X-TERRA....
Agora, vamos falar o 3º. Objetivo
desta experiência que foi o diferencial da viagem e o que me motivou a ousar -
A corrida de aventura – X-TERRA. Toda aquela preparação que postei
junto com o Luciano, se consolidou aqui. O programa preparado pelo professor Meidson Torres foi o grande diferencial, somado à orientação do Filipe Aragão...eles foram a prova real de que a orientação é fundamental. O Luciano, como vocês sabem, profissional de tudo e eu, amadora
e cheia de ansiedade e medo. Chegamos em BH e tivemos um transfer de cerca de 4
horas para Tiradentes. O grupo, totalmente integrado já tinha se reunido em
outras viagens como essa. Eu era um estranho no ninho, mas em questão de
minutos já me sentia parte, dada a acolhida que recebi. Cada um com uma
simpatia especial e cativadora, porém pessoas muito diferentes. O que os uniu?
A paixão pela corrida. Obrigado aos novos amigos e companheiros de corrida :
Luciano Freire, Neslita, Lilian, Paulo Eustáquio, Paulo Roberto, Juliana Frade,
Marcelo Baiano, Alexandre, Heidi, Simone, Campoi e Mildred...e claro....aos
treinadores Meidson Torres e Filipe Aragão.
O sábado foi reservado para a concentração.
De manhã buscamos os kits (camisa, lanterna e numero) e nos integramos à
estrutura do evento. A cidade estava lotada de atletas e simpatizantes das mais
diversas modalidades: duathlon, corredores amadores, profissionais, ciclistas,
enfim...um shopping esportivo a céu aberto montado para receber os
participantes e simpatizantes. Minha largada foi às 19hs. Fiz o percurso
oficial de 7,5 km (8,3 km no meu relógio) num tempo de 57 minutos. Tive a classificação
de 87º, no grupo de mulheres (cerca de 350 pessoas), sendo o grupo total de
cerca de 1.500 pessoas. Conto isso com a certeza de que fui bem na prova, mas
no dia da corrida me senti um tanto “frustrada”. Vou explicar:
Eu treinei o corpo muito bem, graças a
TIME (Meidson Torres e Filipe Aragão),
porém, esqueci de preparar a mente para a corrida. Então eu era pura ansiedade
e medo antes e durante a prova. Sentimentos que só agora entendo que foram
necessários para que certa cautela fosse mantida, mas que me prejudicaram no
desempenho e mexeu com minha veia competitiva. Durante a corrida, a lua estava
cheia e a vista era maravilhosa, mas eu tinha que manter os olhos fixados no
chão e à frente para não ter nenhum acidente. O cenário contribuiu muito para
tudo isso : frio (cerca de 10º.), ruas da cidade histórica com aqueles
paralelepípedos irregulares e escorregadios, subidas e descidas (dignas das
cidades mineiras), estrada de terra, rio e lama, pedras escorregadias na terra,
caminhos tortuosos, muita gente na corrida querendo ultrapassar e a tal da
lanterna na cabeça que não me ajudou muito...tudo isso à noite! Entenderam?
Então quando eu terminei a corrida estava anestesiada pelo medo de antes e durante a prova. Claro que me senti grata por ter cumprido o percurso, por não ter me machucado e por ter “acabado” o sofrimento. Fazer os 8km não foi problema. A questão mais difícil foi enfrentar minha ansiedade e medo, pois nessa corrida eu tinha a descrição do percurso, sem a noção da dificuldade com minhas condições físicas. E, tenho que confessar...eu tive pavor de não conseguir concluir a prova (prontofalei!!!!). Outra questão bem interessante é que eu não tinha o controle dos riscos durante a corrida. Isso me consumiu pois eu sou extremamente planejada e administro os riscos com o máximo possível de conhecimento. Bom, a questão é que concluí a prova e alcancei meu propósito. Os reflexos disso tudo posso resumi-los no seguinte: tive dores e cansaço fora do normal (o percurso nem era tão longo assim), fiquei um pouco decepcionada por não ter aproveitado com mais prazer a prova e frustrada porque poderia ter feito num tempo menor e eu sabia que meu corpo estava preparado. Por outro lado, senti-me orgulhosa e feliz com a minha disciplina, pois cada treino de terra e grama me foi extremamente útil (não senti nada nos joelhos e nem tive dificuldades com a irregularidade do percurso), fiquei feliz com a ousadia de “entrar no carão” nesse grupo de atletas e conhecer pessoas especiais que tem uma paixão em comum. E o melhor de tudo foi cair na real e perceber que programo direitinho minhas escolhas com um certo “excesso de segurança”. Talvez eu precise de um pouco do “desconhecido” para apimentar a vida...e mais ainda....voltei com planos reais de melhorar minha saúde e meu desempenho....voltei com a certeza que vou continuar correndo...e dançando flamenco....repetir esse percurso numa outra dimensão...correr pela vida com mais irregularidades, emoção e no escuro!
Então quando eu terminei a corrida estava anestesiada pelo medo de antes e durante a prova. Claro que me senti grata por ter cumprido o percurso, por não ter me machucado e por ter “acabado” o sofrimento. Fazer os 8km não foi problema. A questão mais difícil foi enfrentar minha ansiedade e medo, pois nessa corrida eu tinha a descrição do percurso, sem a noção da dificuldade com minhas condições físicas. E, tenho que confessar...eu tive pavor de não conseguir concluir a prova (prontofalei!!!!). Outra questão bem interessante é que eu não tinha o controle dos riscos durante a corrida. Isso me consumiu pois eu sou extremamente planejada e administro os riscos com o máximo possível de conhecimento. Bom, a questão é que concluí a prova e alcancei meu propósito. Os reflexos disso tudo posso resumi-los no seguinte: tive dores e cansaço fora do normal (o percurso nem era tão longo assim), fiquei um pouco decepcionada por não ter aproveitado com mais prazer a prova e frustrada porque poderia ter feito num tempo menor e eu sabia que meu corpo estava preparado. Por outro lado, senti-me orgulhosa e feliz com a minha disciplina, pois cada treino de terra e grama me foi extremamente útil (não senti nada nos joelhos e nem tive dificuldades com a irregularidade do percurso), fiquei feliz com a ousadia de “entrar no carão” nesse grupo de atletas e conhecer pessoas especiais que tem uma paixão em comum. E o melhor de tudo foi cair na real e perceber que programo direitinho minhas escolhas com um certo “excesso de segurança”. Talvez eu precise de um pouco do “desconhecido” para apimentar a vida...e mais ainda....voltei com planos reais de melhorar minha saúde e meu desempenho....voltei com a certeza que vou continuar correndo...e dançando flamenco....repetir esse percurso numa outra dimensão...correr pela vida com mais irregularidades, emoção e no escuro!
E o Luciano, como vocês acham que ele
decifrou essa experiência?
'Poizé'!
Mais uma prova corrida e curtida! Dia 29/09 as 18hs largamos eu e a galera da TIME para mais uma corrida de aventura,
essa em Tiradentes. Bom, antes de nós, às 14hs, 3 incríveis guerreiros -
Marcelo 'Baiano' Mendes, Paulo Maluco Eustáquio e Heidi Cristina Barcelona -
haviam largado para um grande desafio - 50km. Eu preferi ficar nos 20km
noturnos (eu e outros guerreiros!). Nossa largada aconteceu às 18hs. A corrida
começava no centro de Tiradentes, e percorria várias de suas ruas históricas,
antes de entrar na mata a noite. Galera... pense num percurso pancada! O piso
em Tiradentes de auspicioso não tinha nada. Aquelas pedras além de não
amortecer em nada o impacto ainda deixam a pisada bem instável (até agora estou
sentindo vários músculos nos pés que eu nem lembrava que existiam!). Depois que
entrávamos na mata melhorava o quesito impacto nas articulações mas a
dificuldade não diminuía.
Para
enxergar alguma coisa do caminho, todos corremos com lanternas na cabeça. (A
minha no final começou a escorregar e já estava me irritando profundamente).
Homi... era um sobe e desce, lama, riachos no caminho, um monte de
"mata-burro" que exigia cuidado (ou então beijinho-beijinho-pau-pau).
Mas correr só com lua acima de nós é um grande espetáculo.
Sai
muito forte e depois paguei o preço. Nos últimos kms da prova não conseguia
mais correr nas subidas, e apenas caminhava forte (mesmo assim a respirava como
se fosse morrer). Nas descidas eu compensava sempre imprimindo ritmos fortes
(pace médio de 4:00 - 4:10 min/km). No
meio do caminho ainda passei pelo Paulo e Marcelo, mas só tive tempo de gritar
"TIMEEEEE". Entrando em
Tiradentes também cruzei com o pessoal dos 7.5km e vi inclusive a Andrea que
estava acabando de sair da mata. Ainda gritei " Aêêêê Guerreira!".
Cruzei
a linha de chegada em 1h44min, e fui o 31º colocado masculino dessa prova.
Fiquei bem satisfeito com o resultado, mas fiquei bastante dolorido no dia
seguinte (minha musculatura foi bastante exigida). Meu tênis agora é um barro
só e as meias eu simplesmente descartei! E por causa do pé molhado fiquei com
bolhas nos pés e um corte no calcanhar direito.
Mesmo
assim recomendo muito essa prova! Foi muito legal. Não só pelo percurso, mas
por tudo. A arena sempre montada ali e todos aqueles atletas circulando, e a
música rolando... isso é o que se pode chamar de carnaval de atleta.
Tiradentes
Muito
mais que a corrida, esta viagem também me deu a chance de conhecer a cidade
histórica de Tiradentes. E curti bastante. A cidade é linda, limpa e as pessoas
lá te atendem super bem. Isso sim é saber fazer turismo. Conheci a igreja de Santo Antônio, com obras de
Aleijadinho, que fica no alto da cidade... belíssima!
Fique
numa pousada excelente. Os donos nos trataram super bem, a comida deliciosa, e
os quartos beeeem confortáveis. A quem se interessar, ficamos na Pousada SOLAR IMPERIAL. O
problema é comer demais! Todo lugar se come muito bem! O turismo lá, aliás, é
parecido com aquele visto em Pirenópolis- GO, na Chapada... eu pelo menos curto
bastante! História e natureza e ótima comida. Bom... quanto aos detalhes de
Tiradentes, deixo para Andrea Pires ( Blog "Com Salto e Asas")
contar, porque minha impaciência ariana me impede de continuar escrevendo !
E
nessas viagens, claro, sempre há o pessoal doido da corrida... é uma verdadeira
risoterapia! Tudo bem que segundo o Paulo eu andei destruindo casamentos com
uma brincadeira que eu fazia com meus alunos de inglês em Campina Grande (rosas
vermelhas ou brancas? Estrada longa ou curta? Dormindo ou acordado? rsrsrs....
acho que vou escrevê-la no blog algum dia!), mas o saldo geral foi positivo!!
O
ruim foi chegar tarde em cada no domingo e ainda encarar supermercado e começar
a semana mal dormido de novo... buá buá buá!
Agora
sigo com os treinos para a Golden Four em Novembro! RUUUUUUUUNNNNNN!!!!!!
Cheers”
Então é isso....dá para perceber que eu e Luciano conseguimos (cada um com seu objetivo) cumprir e realizar....cada um de nós com a sua limitação e seus desafios pessoais. E isso me inspirou muito, porque o que vale mesmo são as experiências que ousamos e que tornam-se grandes histórias a serem compartilhadas.
Viagem mto show! E carnaval de atleta é bem isso: enquanto vemos outros atletas passando paraum lado e para o outro, a música corre solta na arena montada para o evento!
ResponderExcluircheers