Pireneus Vinhos e Vinhedo - Uma Intrépida Vinícola nos Pireneus - GOIÁS
Intrépido e arrebatador.
Uma brincadeira de bom gosto. E assim como foi a entrada dos Bandeirantes,
Marcelo e Adriana, desbravaram o “terroir”
desse cerrado para “fincar” o Bandeiras, ainda tão jovem e já premiado. E dessa
brincadeira bem séria vem chegando o Terroir
Pireneus para compor a família. Só tem gente forte!
Imagina se essa ideia
fosse pensada há 50 anos atrás? Seria “i-m-p-o-s-s-í-v-e-l”, pois
não há clima, terroir, estrutura e possibilidades - seria essa unânime opinião.
Só um louco apostaria nisso e graças a Deus, temos loucos inovando,
empreitando, criando e acreditando...o mundo já teria acabado sem os loucos!
Desbravar atrai simpatizantes otimistas, assim como atrai descrentes
pessimistas. Por isso, recomendo: há que se comprovar pessoalmente. Visite a
Vinícola!
A vinícola é jovem,
nasceu em 2004 e percorreu um árduo caminho entre tentativas de cultivo das
uvas, adequações tecnológicas, bem como as adaptações do know-how de outras
regiões no meio do cerrado.
Os vinhos produzidos
são: Bandeiras, Intrépido e Terroir Pireneus. O Bandeiras é produzido com a uva
italiana Barbera e recebeu o nome em homenagem aos bandeirantes, que
descobriram a região onde as uvas são cultivadas. O Intrépido é produzido com
uvas francesas syrah e o nome é uma homenagem à iniciativa em produzir vinhos
em uma região improvável. O Terroir é o caçula.
E para abrilhantar, tem
um Rosê que só aparece de vez em quando por causa da safrinha em fevereiro.
Ainda sem nome pois tem uma participação especial e fora do circuito comercial.
Somente lá é possível experimentá-lo!
A
Vinícola
A fazenda Santa Rosa, onde
fica a vinícola é a cara do cerrado!
O acesso é simples e bem
orientado pela Adriana, que envia até mapa. Saindo de Brasília, sentido Aguas
Lindas e antes da cidade de Cocalzinho, a entrada para a fazenda é quase em
frente da Lagoa do Samuel. Acessando a estradinha de terra, é só seguir as
placas com o nome da Fazenda Santa Rosa. São, aproximadamente, 7km de estrada terra.
E para quem já foi a Pirenópolis ou na Chapada dos Veadeiros, a característica
é a mesma: terra, descida, cascalho.
A recepção é na varanda
onde é servido o menu degustação. A Adriana nos conduz a história da vinícola,
do sonho, do começo, das dificuldades de produção, dos desafios, enfim...um
bate-papo de amigos. Parece que nos conhecemos há tempo.
Após a chegada dos
visitantes (turma completa), seguimos para o passeio nas plantações, sob os
cuidados da Adriana e dos detalhes que ela conta sobre cada experimento, sobre
as uvas, sobre a terra e sobre o clima. Porque essa região é boa para produzir
vinhos? Pela seca e pelo frio que cai nos Pireneus à noite...claro que não é
tão simples assim, mas é possível...taí a vinícola para comprovar.
O período de colheita é
agosto/setembro. As uvas são colhidas de madrugada para mantê-las em
temperatura bem baixa e são transportadas para a cidade de Cocalzinho onde está
a produção.
O local tem uma
capacidade de receber até 20 pessoas. E sempre com reserva antecipada, por favor!
Depois da visita, um
Menu Degustação harmonizado com os vinhos. A própria Adriana é a chef e prepara
o cardápio que, por sinal, é tão impactante quanto os vinhos. O show fica por
conta da simplicidade elegante que somos recebidos. O esmero, o cuidado, o
capricho, enfim...coisa de quem sabe cuidar bem do que é importante. E lá o
visitante se sente assim. Não é só uma degustação, é uma experiência rica da
história da vinícola.
Depois da degustação, é
possível adquirir vinhos na lojinha da vinícola. Mas atenção: tem que ser em
dinheiro ou cheque.
Sinto que daqui a 10
anos, quando alguém lembrar que tudo começou com uma ideia inovadora e
considerada “surreal”, os mais jovens não entenderão, porque para eles será
óbvio que a região produza vinhos.
Algumas dicas e
sugestões:
- A estrada é muito bem sinalizada. Utilize o mapa e algum aplicativo de mapa (se houver). Por ser estrada de terra (7km), atenção ao tipo de carro.
- O local não é adequado para crianças.
- O Menu Degustação é previamente programado. Não é restaurante. Se há algum inconveniente com o cardápio, avise com antecedência.
- O local é acolhedor e organizado para receber as visitas agendadas. Não recomendo aparecer de surpresa.
- Em Brasília, os vinhos são encontrados nos Restaurantes “Bloco C” e “D.Francisco” e no Espaço Vino – 306 sul.
- Por ser degustação, decidimos alugar um carro com motorista. É mais prudente não dirigir.
- Se não tiver um grupo fechado e for sozinho, recomendo o site www.experimentebrasiliacom.br que organiza roteiros para vinícola.
- Os valores cobrados são bem adequados ao que se propõe de degustação. Nada exorbitante e bem dimensionado.
- A Vinícola até indica um transporte quando da reserva, é só solicitar.
- Para maiores informações e agendamentos, é só entrar em contato pelo email pireneusvinhos@gmail.com
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Agradeço seu comentário. Andrea Pires