MUDAR? MUDEI! MUDANDO ...
O
ComsaltoeAsas foi criado em 2012 com o registro de viagens solo desde 2003,
quando comecei a viajar sozinha.
A
marca atual retrata um momento de vida muito especifico que conversava com
mulheres que, como eu, estavam na faixa dos 30 anos e recomeçando momentos de
vida: âmbito pessoal e profissional.
As
viagens solo começaram como uma forma de encontrar outros significados e ter experiências
que me ajudassem a conduzir um modelo de vida pessoal independente de
companhias. Viajar sozinha não era a única opção de viajar, mas era uma
iniciativa de não ficar sem viajar por falta de companhia.
A
primeira viagem solo foi para Espanha e esse destino que me levou à voos mais
longos em todas as perspectivas de vida. Retornei à Espanha 5 vezes. A cada vez,
um novo olhar, uma nova descoberta e a certeza que sempre há um lar fora do
lar.
Ser
viajante é descobrir que os mesmos lugares mudam, você muda ou, na verdade, o
tempo te dá sempre um novo olhar. Mudar é inevitável e certo. Resistir ou
desfrutar é escolha.
Sentia muito por não ter com
quem compartilhar tanta beleza e o Chile me marcou na solidão e me mostrou que
experiências são as melhores coisas que se pode trazer de um destino.
Depois
de algumas viagens, a vontade de inovar e ir mais longe foi aumentando! Queria
algo bem diferente e impactante para me testar. Fui à Turquia apavorada e voltei encantada. Me encantei comigo mesma,
minha capacidade de realizar e com tudo que aprendi. Sua história, seu povo,
suas dores e a importância de entender uma cultura tão diferente da minha.
Depois
fui à Itália e descobri que viajar
sozinha não quer dizer estar sozinha. Lá conheci 2 outras mulheres viajando
sozinhas e companheiras de viagens solo, fizemos pontes, compartilhamos bons
momentos e nos tornamos companheiras de vida e descobertas. Aos poucos fui me
tornando mais viajante. O que antes era apenas viajar sozinha para algum lugar
foi se convertendo em pontes construídas naturalmente. Conversar, conhecer,
perguntar, desbravar.
Tornei-me
mais companheira para mim e para outros. Novos motivos para viajar, novos
grupos sociais e já não era assustador “experimentar” o novo e descobrir
afinidades. Se viajar sozinha para já turismo
era bom, imagine viajar para praticar um hobby com o grupo de afinidade? E se o destino for totalmente inusitado?
Melhor ainda. Ushuaia e El Calafate surgiram para uma corrida de aventura com um grupo
especial de novos amigos, quando entrei para uma assessoria de corrida. E isso
só foi possível porque eu me permiti novas experiências, criando novas oportunidades
de amizades.
O
habito de descobrir já estava inerente ao meu dia-a-dia. Poderia ser um país
novo ou sair para um lugar perto. Comecei
a olhar ao redor. Se eu posso viajar sozinha rumo ao desconhecido, eu posso
viajar bem e sozinha rumo ao conhecido. Seguia viajando pela vida, mesmo quando
estava no meu lugar comum. Morei um tempo no Rio Grande do Sul e conheci
lugares que transformaram minha forma de ver a vida! Pequenas fugas de fins de semana e encontrar
um mundo desconhecido repleto de “novas vidas”: Cambará do Sul e São Migueldas Missões foram desbravadores e apaixonantes.
E
o ComSaltoeAsas representava bem essas questões que foram sendo descobertas e
me redefinindo como viajante, como mulher, como amiga, irmã, filha...
Um
salto alto imponente e determinado com asas. Demonstra elegância, estilo,
leveza, porém pouco movimento. As asas são sutis.
Ao
longo desses 15 anos, a evolução era incontestável e meu perfil de viajante mudou.
Adquiri mais confiança e as minhas necessidades eram por mais simplicidade e
leveza: liberdade.
Não
cabia mais uma urgência de “mostrar capacidade” e “ocupação de um espaço”, mas
uma vontade de compartilhar a liberdade de escolha e a flexibilidade de ir e
vir sem medos e restrições. Não era mais uma questão de “força” e sim “determinação”.
Antes,
viajar era apenas para me testar mais longe e sozinha, mas agora é uma questão
de dosar minha velocidade e ansiedade em trilhar por onde não há trilhas ainda!
Os
saltos eram para mais longe e de passos mais largos. Fui percebendo que para
isso precisava estar mais leve. Precisei esvaziar.
Já não me cabia tanto o “salto” que me dava um
espaço seguro em “terra firme”, mas necessitava de abrir mais as “asas” . O Peru foi um destino decisivo para essa
mudança! Não carregue peso! Caminhe
sempre. Ouça, observe, reflita. Transforme o que não serve mais. Livre-se de
sentimentos que não somam, abrace a vida com simplicidade. Mude!
E
o salto ainda tá lá com mais delicadeza. Ele me dá a terra quando preciso e me
impulsiona quando deve. E as asas tornaram-se mais presentes, tem mais direção,
mais força e me levam para mais longe.
E
sabe aonde encontrei a certeza de que não há limite e nem tempo para mudar?
Lá
na casa da ponte, aonde Dona Cora,
na Cidade de Goiás, recomeçou.
E
por isso o ComSaltoeAsas mudou. E para mudar, há que que se recriar, sempre,
sempre.
E
assim começa um novo ciclo de vida, de experiências e autoconhecimento. Não falo mais com “convicção” do que é melhor
ou pior para empreender uma viagem solo. Sabe porquê? Porque muitas convicções
nos paralisam e nos cegam de outras possibilidades.
O
ComSaltoeAsas agora quer falar de opções e liberdade para você escolher a “sua”
forma de viajar, de acordo com seu momento de vida, seu perfil, seus desejos. Medos
e insegurança são resolvidos aos poucos. Cada um tem um tempo de decisão.
O
caminho que o ComSaltoeAsas trilhou até o momento contempla toda uma história
de vida pessoal que hoje concentra formas flexíveis de se planejar e decidir, mais
do que sugerir um único roteiro, numa única forma de viajar.
Seja
bem-vinda à mudança e que você encontre seu lugar nesse novo momento do ComSaltoeAsas. O que mais aprendi nesses 15 anos de viagens?
Mudar.
Amei a materia, amei a nova roupagem! Acredito muito no poder diario da autotransformaçao! Como sempre, vc me inspira! Grande beijo!
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