terça-feira, 24 de setembro de 2019

Madrid – Pit Stop de 3 dias com gosto de “tenho que voltar”!

Madrid já foi abordada aqui no blog em outros tempos, mas tenho que compartilhar novamente esse roteiro de 3 dias intensos e apaixonante. Redescobri a cidade e apresentei-a a amiga que estava comigo pela 1ª. vez na cidade. Rever pontos de Madrid é uma grata surpresa e um convite a incessantes retornos e,  para quem vai pela  1ª. vez,  é impactante, arrasadora e apaixonante. São tantas cidades numa só e se não houver um plano de visitação, a pessoa fica atordoada. Essa parada em Madrid foi organizada com 2 bons objetivos:
  • Hospedagem bem localizada que permitisse mobilidade rápida
  • Visitas a pontos turísticos concentrados por geografia
3 dias intensos e cheios de História:

Na chegada optamos pelo conforto do taxi que tem um valor fixo de 30 euros para o centro da cidade, aonde nosso hotel estava localizado. Dica importante: ficar hospedado no centro para ter mais mobilidade e proximidade aos pontos turísticos, principalmente em função do pouco tempo de estadia. Destaco, porém, que hotéis no centro da cidade podem ser mais simples e antigos, mas com conforto adequado para essa localização. Optamos pelo BestWestern Hotel Los Condes, bem perto da Gran Vía, numa rua bem reservada e com rápido acesso à Puerta del Sol. Além de ser um ponto central, tem estação de metrô e é uma ponte de ligação com toda cidade.
Chegamos no início da tarde. Optei por um reconhecimento de área pelas proximidades da Gran Vía até a Plaza de España. Aproveitei esse 1º. contato da minha amiga com a cidade para mostrar a organização, facilidades, segurança. Observando a dinâmica da cidade, conhecemos o comércio e aproveitei para falar um pouco da história da Espanha, sua  cultura e diferenças com a cultura brasileira.  Caminhamos bastante na perspectiva monumental da cidade. No final do dia, uma boa parada nos jardins da Plaza de España e a vista maravilhosa do Jardim de Sabatini, com um belíssimo pôr do sol.

A noite conhecemos a dinâmica da vida noturna da La Movida (apelido carinhoso da cidade). Nem estava tão escuro ainda, já que, no verão o sol desaparece lá pelas 10 da noite: as ruas fervem literalmente, os bares lotados, a cada esquina artistas mostram talentos e muita musicalidade. “Eso es” um pouco da “vibe” madrilenha.
No segundo dia programamos o Museu do Prado pela manhã, sem pressa. Esse museu é um celeiro de grandes artistas e de muita história cujo acervo é muito importante e surpreendente entre as pinturas e esculturas espanhola, francesa, flamenga, alemã e italiana. Tudo muito bem organizado por cronologia que permite qualquer pessoa mais leiga visitar e conhecer a lógica da arte sob a ótica cronológica. Meus favoritos são Goya, Velazquez, El Greco, Caravaggio e Botticelli ...enfim...nem dá para descrever todos. Como Madrid tem grandes opções de museu, recomendo incluir pelo menos 1 museu quando a opção for de poucos dias. Aproveitamos e almoçamos lá mesmo, no ar condicionado, horário da siesta, comida boa e preço bom. Um almoço com descanso merecido porque o dia ainda tinha uma programação extensa.
Depois do almoço e do descanso, seguimos para Igreja San Jerónimo El Real que já foi também um monastério. Impressiona pela sua grandeza e uma arquitetura gótica que se destaca. Caminhamos até o Parque del Buen Retiro (construído pelos idos dos anos 1600 ). Confesso que foi sofrido caminhar no calor quando chegamos no Parque num horário injusto, mas a diversidade, amplidão e beleza nos deram ânimo para caminhar mais e mais. O parque tem pouco de tudo e faz parte da história da cidade de Madrid: lago, monumentos, bares, passeios, palácio.















































Dia longo e já cansadas caminhamos até a Plaza Santa Ana para descansar, comer, beber e aproveitamos para comprar os ingressos para o tablao Villa Rosa . Essa praça é muito emblemática. Tem monumento de Lorca, fica perto do Teatro Espanhol e é lá mesmo que está situado o hotel de luxo Madrid Reina Victoria com suas histórias e lendas. Difícil escolher um único bar e mais difícil é sair de lá. À noite é um ponto muito bom para “sair de tapas”. O Tablao Villa Rosa existe desde 1911 e já recebeu os maiores do mundo flamenco. O local é uma viagem ao tempo e à cultura andaluza. Atendimento nota 10! O show então, nem dá para descrever. Como nosso objetivo também era a imersão na cultura flamenca, fizemos nosso debut nesse tablao.  O nosso 2º. dia fechou assim: flamenco, tapas, tinto de verano e mais uma caminhada pelas calles de Madrid.


No terceiro e último dia foi mais leve. Tiramos uma parte do dia para umas pequenas compras e ir à Plaza Mayor para visitar esse importante ponto de história da cidade. Além de lojas tradicionais, bares, restaurantes, artesanatos, tem um espaço amplo e cheio de histórias para lindas fotos. Comer e beber com uma paradinha de descanso é a dica :  Museu del Jamon.  







Após a siesta na Plaza Mayor, seguimos para Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, cuja beleza e arquitetura fazem parte do complexo do Palácio Real. Essa catedral é diferente, pois a sua orientação é norte-sul (o habitual é leste-oeste). Isso porque sua construção foi agregada em  harmonia com o conjunto arquitetônico do Palácio Real de Madrid.















Além de caminhar, boas compras:

Além da parte monumental, Madrid é um centro de compras sedutor. Recomendo visitar o El Corte Inglês  que inclusive possui uma agência de viagens e foi aonde compramos nossos tíquetes de trem, evitando ter que ir à estação. Com isso ganhamos um bom tempo. O El Corte Inglês é uma loja de departamento que abraça todos os cantos da Espanha. Entrar em alguma dessas lojas na hora do calor escaldante, é uma boa opção de passeio e compras.   
O forte também é o comércio de “calle” (ou de rua, como conhecemos no Brasil). Para quem gosta de moda, as lojas mais modernas e com preços bacanas (mesmo sendo em euros) estão em todos os cantos da cidade. Na Gran Vía e arredores tem muitas opções: Sfera , Mango , H&M Zara , LeftiesDesigual , bijôs na SIX .  Uma outra coisa bacana são as óticas white label com modelos supermoderno de óculos de sol. São óculos sem marca. Minha loja queridinha é a Ale-Hop com muita inovação e design. E atenção: não deixe de comprar nas lojas de alpargatas e espadrilhas, o must do verão espanhol.

Ah! Madrid, La Movida!

Fechando esse pit stop de 3 dias em Madrid  aproveitando a última noite para irmos de tapas com cava e ainda tivemos fôlego para ir na chocolateria San Gines e experimentar o melhor e mais tradicional churros de Madrid. Imagine só: aberto desde  1894, o local lembra os cafés antigos, do século XIX onde as mesas são de mármore brancos e as paredes são de azulejos! Lotado qualquer hora do dia (sim, o local fica aberto 24hs). E como não amar a forma tradicional de comer churros? Foi em Madrid que descobri que churros se come mergulhando no chocolate quente. Agora sim, podemos afirmar que conhecemos Madrid, pois depois de sair de tapas, fecharmos a noite na San Ginés.




Assim terminou nossa maratona por Madrid: para mim um “recuerdo” e para minha amiga, uma degustação rápida pela 1ª. vez.  Muitas coisas ficaram de fora, mas de passagem, acho que conseguimos fazer bastante coisa. Madrid é assim mesmo: é preciso voltar. Sempre haverá um lugar novo para conhecer e um antigo para retornar. E depois?
Seguimos para Sevilha....ah!!! Sevilla tiene una cosa!!!  Aguarde o próximo post. Se tem uma coisa que me encanta mais do que ir, é retornar nas memórias.



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Andrea Pires

Com Salto&Asas é um lugar de verdade, onde compartilho as memórias das viagens que mudaram minha vida e que me transformam diariamente. Sonhar, Planejar e Realizar, o melhor caminho para ter o Mundo nas Mãos! comsaltoeasas@gmail.com

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