Ilha de San Andres - um pedaço do Caribe em vários tons de azul! - Colômbia
Fechando a rota Colômbia, chegamos a San Andrés. E
nem precisaria de post, pois as fotos falam por si mesmas. A ilha é muito linda
e tem um pouco de tudo: natureza e experiências náuticas, compras, gastronomia
e alegria por todo lado. Um lugar tão pequeno que oferece tanto, não tem como
divagar sobre ele.
Se
você está decidido ir à Cartagena no período de sol, recomendo incluir San
Andrés no circuito e não vai se arrepender. Apesar da ilha de San Andrés está
mais perto da América Central, pertence a Colômbia e tem sido um atrativo muito
interessante para os brasileiros.
Algumas
razões para isso:
- Malha aérea combinada: a não ser você tenha a pretensão de passar mais do que poucos dias na ilha para alguma atividade náutica ou mergulho, a malha aérea combinada com outros locais da Colômbia é bem interessante e cabe numa viagem rápida de 8 dias (como foi meu caso) num relação custo x benefício excelente. Fazer uma malha aérea combinada é bem adequado para quem quer apenas conhecer a ilha.
- Clima: entre maio a novembro o período de chuva é intenso. Mas no período fora da chuva, o sol do Caribe é muito especial e as cores do mar caribenho são de tirar o fôlego.
- A ilha é pequena e para conhecê-la é muito rápido. O turismo gira em torno de passeios náuticos e mergulho. Somente uma pequena faixa de areia compõe a praia de San Andrés. Bem acessível para todos os bolsos e gostos.
- A gastronomia é imbatível nos quesitos preços e qualidade. Frutos do mar “frescos” extremamente saborosos e com aquele “tempero” caribenho.
- Compras num dos maiores freeshops a céu aberto é um convite ao consumo que seduz aos mais minimalistas.
São
apenas 26 km², 3 km de largura, 12 km de comprimento, e cá estamos na maior das
ilhas do Arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina. A ilha foi
formada por uma erupção de um antigo vulcão que lançou pedras do fundo marinho
para a superfície. Por isso que as cores do mar tem um destaque e exuberância
sem precedentes. Então, de um lado, o mar do caribe que convida ao ócio e ao
desfrute da natureza. Do outro lado, a região que ferve em compras: um grande
freeshop a céu aberto que enlouquece os mais minimalistas consumidores. Desde
1953 o governo decretou Porto Livre na ilha com o objetivo de fomentar a economia
e atrair turistas.
Entretanto,
com tanta beleza e acessibilidade, importante destacar que a ilha tem sofrido bastante
com a superpopulação e o turismo descontrolado.
Como a faixa de areia é bem
pequena e o volume de pessoas é muito alto, a praia sempre está cheia e congestionada.
Os principais turistas são da América Latina e Brasil. Então, atenção, o turismo
em San Andrés é bem parecido como o
turismo nas épocas de alta temporada no nordeste brasileiro : grandes grupos.
Para quem prefere lugares mais calmos, isso pode ser um problema. Aquelas fotos
maravilhosas que viajantes publicam “sozinhos” naquela imensidão de céu e mar
azuis, é quase impossível. Mas com bom humor e paciência a gente consegue
alguma coisa.
A
ilha foi ocupada de forma bem diversa. Os primeiros que chegaram foram os ingleses.
Essa parte do Caribe cheia de ilhas era base de corsários ou piratas. Entre
1670 e 1680, o famoso Henry Morgan
(conhecido como Pirata Morgan) e Eduard Mansvelt, já ocupavam San Andres para
suas atividades ilegais e suas histórias são lembradas pelos nativos em todos
os cantos. O castelhano é a língua oficial, mas o inglês crioulo ainda muito
falado, sendo o idioma da população nativa.
A ilha não possui um padrão resort
de hospedagem, pelo menos na parte central. Tudo é muito simples, mas atende
muito bem para alguns poucos dias e pelo volume de atividades que a ilha
oferece. Um ponto importante a destacar é a dificuldades com a limpeza,
escassez de água e saneamento básico, mas que na parte hoteleira não é
impactada com a mesma intensidade que para os moradores. Então, se o hotel
tiver algum problema de abastecimento de água, é compreensível. Ficamos
hospedados num hotel muito simpático, muito bem localizado entre a praia de
Spray Bight e a avenida de compras - Noble House e recomendo mesmo: a simpatia,
o atendimento e a localização são muito
bons.
Como
já citei antes, as opções de um turismo básico para poucos dias é a praia de
Spratt Bight e lá mesmo tem uma grande oferta de passeios náuticos. Mas tem que
ficar atento ao tempo, pois os passeios de barco dependem do clima e do vento.
E vento no Caribe não é para turista amador (como eu).
A praia Spray Bight é o
point da ilha. Tem estrutura de barracas e areia para banho. Por toda a extensão da faixa de praia,
inúmeros restaurantes a preços muito convidativos e dos melhores frutos do mar
e peixes variados. É muito barato comer em San Andrés e tudo fresco!
Uma
boa alternativa é usar os passeios que a Cooperativa de Pescadores que oferece
passeios náuticos, city-tour pela ilha e massagem na praia.
Também
é possível alugar um carrinho para sair pela ilha por conta própria, mas optamos
por um passeio de carro da cooperativa com guia por mero comodismo. É interessante
porque leva ao interior da ilha, mostrando mais do que devia: a realidade dos
nativos e todos os problemas inerentes à superpopulação e infraestrutura. Mas é
peculiar conhecer a história da colonização inglesa. Conhecemos nesse city tour
a Caverna de Morgan ou La Cueva de Morgan. É bacana para quem tem criança
porque é um local criado com as lendas e histórias sobre o pirata Morgan e que
lá na caverna ele escondeu um tesouro, mas como distração para adultos, eu não
recomendo.
Além
da praia e de percorrer a ilha para conhecer a história, as compras são altamente
perigosas e inevitáveis. A ilha é porto livre, ou seja, um oásis de produtos de
free shop a preços muito tentadores. Mas alguns cuidados são importante para
quem quer comprar:
Muito cuidado com as ofertas muito baratas. Podem ser imitações. O
ideal é buscar nas grandes lojas para não correr risco.
As compras são infinitas. Tenha um orçamento e foco, caso
contrário, será envolvido com as ofertas e acabará comprando o que realmente
não faz sentido.
Se viajou com bagagem de mão, os produtos líquidos não podem
passar de 100ml, conforme norma internacional. Se for comprar perfumes e
cremes, avalie despachar mala, mesmo pagando.
E, se for despachar, faça isso do
aeroporto de San Andrés. É muito mais barato que despachar de Bogotá.
Os preços nem são tão diferentes que nos freeshops dos aeroportos.
Mas a oferta de produtos em San Andrés é infinitamente maior.
E
por fim, sobre os câmbios: nos aeroportos é muito inferior que nas casas de
câmbio. Melhor mesmo é levar o mínimo e trocar fora do aeroporto.
Enfim...parece
óbvio e pouco falar dessa ilha encantada. Mas a experiência de estar pela
primeira vez no Caribe foi indescritível. Realmente o mar é diferente. Tudo é
bem exótico. Mas, tenho que alertar: não é um paraíso deserto para quem gosta
de sossego. A ilha ainda está se preparando para ter um turismo mais
sustentável e que preserve a sua beleza e suas riquezas naturais. A simpatia e
alegria continuam sendo uma característica desse roteiro.
E
assim, fechamos o roteiro Colômbia: Bogotá com percalços, Cartagena encantada e
San Andrés cujo azul do mar chega a cegar os olhos. Acreditem, 2020 será o ano
da Colômbia. Fiquei bastante comovida com tudo que vi e vivi num pedaço desse
país tão intenso e cheio de alegria. E se Deus deu aquelas últimas pinceladas
numa obra acabada, certamente foi ali no mar do Caribe...bem ali em San Andrés
que ele finalizou.
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Agradeço seu comentário. Andrea Pires